A Fundación Mapfre, apresentou ontem, 13 de novembro, os
resultados de um estudo realizado na cidade de São Paulo em relação ao impacto
do excesso de velocidade em locais com circulação de usuários vulneráveis, como
zonas escolares e parques.
Fátima Lima, diretora de Sustentabilidade da Mapfre, explica que
a fundação realiza no país atividades focadas em educação. “E neste estudo
focamos na prevenção e segurança viária, com o objetivo de conscientizar a
população, começando com a educação preventiva para crianças”.
Jesus Monclús, diretor de Prevenção e Segurança Viária da
Fundación MAPFRE Espanha, explicou alguns itens do estudo. “Fizemos esse
levantamento com sistema de medição confiável e profissional, que permite
verificar as velocidades dos veículos com precisão. Quanto menor a velocidade,
menor o tempo de frenagem. Se for em 20 km/h, o rico de morte é de 2%, por
exemplo”.
Segundo ele, o levantamento mostra que 10% dos veículos
observados ultrapassaram as velocidades permitidas. “Com limite de 30 km/h,
41,5% ultrapassaram as velocidades. As motocicletas são as que mais
transgridem, com 33,5% dos veículos. Como são menores e andam entre dois
carros, têm maior risco de se envolver em acidentes”.
O estudo conclui que um em cada dez condutores dirige em excesso
de velocidade nas áreas observadas. Além disso, nas vias de 30 km/h, 41,5%
circulam com velocidade excessiva, a maior proporção encontrada. Cerca de 1,5%
dos veículos excede a velocidade em mais de 20 km/h, 10% em mais de 13 km/h e
1,5% em mais de 20 km/h.
A importância para a cidade
Entre os convidados, estava também o secretário municipal de
mobilidade e transportes, João Octaviano Machado Neto, que falou da importância
de ações como essa para a cidade de São Paulo. “Estamos no meio de uma
agenda importante, com 32 audiências públicas discutindo o plano de segurança
viária com a população. Precisamos de fato repensar na matriz de modalidade de
São Paulo”.
Segundo ele, as motocicletas são um grande desafio para a
cidade, pois há um milhão de motocicletas, sendo que 100 mil novas motos são
licenciadas por ano. “Por isso criamos a câmara temática da motocicleta no
Comitê de Transportes da cidade, para discutir com os representantes dos
motociclistas uma política específica, já que a maior incidência de fatalidade
é com aquele que mudou de modo de se transportar, que deixou de usar carro ou
ônibus, e comprou uma moto, mas não é habilitado para tal, o que oferecemos
como curso gratuito aos motociclistas, para que possam aumentar sua
modalidade”.
João Octaviano disse também que há outros projetos, como o Plano
Cicloviário e a Garagem Educadora. “Onde os motoristas de ônibus passarão por
uma reciclagem, para ter uma redução na questão de acidentes. Hoje temos frota
de 15 mil ônibus, com 9,5 milhões de viagens por dia, o que faz que tenhamos um
sistema denso”.
Porém, o secretário reforça que é um trabalho de todos. “Todos
precisam entender que o compartilhamento do espaço viário é uma questão de
cidadania e essa consciência deve ser estabelecida. Contamos com toda a
sociedade para que haja multiplicação desta consciência. Então saúdo o trabalho
da Mapfre e faremos o possível para tornar a cidade cada vez mais segura”.
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